Há exatos sessenta e dois anos, nascia um dos filhos de Zezé de Bevenuto e Mariazinha. Há pessoas que nascem com missões diferenciadas, que dedicam uma vida a uma causa e que torna isto uma razão para viver. Em 13 de março de 1954 nascia Luciano Bispo de Lima, filho de uma das mais tradicionais famílias de Itabaiana. O garoto foi crescendo e ainda na infância, aprendendo as primeiras letras do alfabeto, já mostrava uma certa vocação para liderança. Na adolescência, buscando sua independência financeira, dividia os estudos com a venda de chinelas, as tradicionais havaianas, o que lhe permitiu uma condição financeira diferenciada de grande parte dos jovens de sua época. Com uma facilidade enorme de fazer e manter amizade, Luciano convidava amigos para irem ao cinema, e diante da dificuldade de vários deles, acabava por pagar a entrada de forma espontânea. Cursou o ginasial, começou a participar dos jogos de pelada, era considerado um jogador mediano, e além de jogar futebol, ajudava a bancar o time com uniformes, bolas e outros materiais indispensáveis para a prática esportiva. Dentre outros colegas de time, Luciano destaca sempre a figura de Tonho de Maria Branquinha e Coquinho do Peixe, este, considerado por ele, um craque de futebol, que se destacava em qualquer posição. A década de 80, pode ser considerada o período do início das grandes missões de Luciano Bispo. Não era filho de político e sim de comerciante destacado de Itabaiana, mais com fortes ligações ao velho PSD de Manoel Francisco Teles, grupo este que amargava sucessivas derrotas após as mortes de Antônio e Euclides Paes Mendonça e a aparição de Chico de Miguel que assumiu o grupo da UDN e que se manteve por vinte e seis anos com hegemonia política. Era o ano de 1982, eis que para enfrentar o candidato de Chico de Miguel, João Germano da Trindade “João da Véia”, as oposição lançam Zeca Araújo e Álvaro Fonseca, que posteriormente tiveram suas candidaturas impugnadas. A oposição naquele instante ficou sem uma chapa substituta, é por intermédio do vereador de primeiro mandato, João Patola, buscaram no jovem empresário de vinte e oito anos, Luciano Bispo, o nome a substituir. Recém filiado ao velho MDB, contrariando a vontade familiar, Luciano é lançado candidato a prefeito de Itabaiana, tendo o empresário Eliseu Oliveira o “Arrojado”, como seu vice, faltando pouco mais de quarenta dias para o pleito. Perderam a eleição, mais como quem nasce para brilhar, não se deixa vencer pelo pessimismo. Continuou trabalhando, montou em parceria com o irmão Arnaldo Bispo, a Pneu Car, empresa excelência em vulcanização de pneus do estado de Sergipe. Em 1986 na companhia da irmã Edivalda, sua parceira de viagens, percorreu a passeio, vários países da Europa e América Central e do Sul, participando ativamente da Copa do Mundo no México, tendo o desprazer de ver nossa arqui rival Argentina, ser campeão em Guadalarara, com show do maestro da bola, Maradona. Neste mesmo ano, o grupo formado por Luciano Bispo, conseguem o triunfo de eleger o governador Antônio Carlos Valadares, Djalma Lobo reeleito deputado estadual, e a eleição de José Queiroz a deputado federal. Formava se ali, um grupo forte e coeso, com um nome destemido e em potencial para enfrentar Chico de Miguel. Veio 1988 e a primeira vitória do Mutirão da Liberdade. Luciano se elege prefeito com o médico clínico geral Dr. Luiz Carlos Andrade vice, com a maior diferença vista numa eleição municipal. Itabaiana naquele instante respirava um ar de liberdade e esperança. Em 1989 assume a prefeitura e os destinos da política Itabaianense. Começou a arregaçar as mangas e transformar Itabaiana na cidade grande que é hoje. Poucas ruas do centro eram calçadas, rede de esgoto não havia um metro sequer, escolas deterioradas e uma infinidade de deficiências administrativas. Líder nato, Luciano foi responsável pelas eleições de João de Zé de Dona a prefeito, Arnaldo Bispo, José Carlos Machado ao qual contribuiu, Almeida Lima, contri